quinta-feira, 12 de junho de 2014

Chegou a hora da copa no Brasil!

Oito anos se passaram desde o sorteio do Brasil para sediar a vigésima copa do mundo de futebol da FIFA.
Há oito anos atrás assistimos um razoável grupo de políticos comemorarem calorosamente o resultado do sorteio (hoje sabemos o porquê de tanta comemoração).
Os otimistas logo se manifestaram, dizendo que essa era a grande oportunidade para a mudança tão esperada do Brasil. Já os céticos profetizaram: "Xii! Vai haver muito desvio de dinheiro público. Vão deixar tudo para a última hora para pedir mais dinheiro".
E oito anos se passaram e mais uma vez os céticos estavam certos. Obras inacabadas por toda a parte, promessas não cumpridas, gastos astronômicos de dinheiro público. As olímpiadas já estão no mesmo caminho.

Agora, cá entre nós, alguém realmente está surpreso com isso?

A copa chegou e daqui um mês terá ido embora. Ficarão as obras inacabadas, as revoltas pelos gastos astronômicos e principalmente a vergonha perante o mundo.
Um mundo que até então conhecia o Brasil apenas pela existência do Pelé, da Carmem Miranda e do carnaval, mas hoje o conhece também pela ineficiência, incompetência, desorganização e corrupção.

A grande maioria diz que o maior problema do Brasil é a educação, mas na realidade é a falta de cultura.
Definitivamente o Brasil é uma nação sem cultura. Digo isso porque o ato de deixar as coisas para última hora, os famosos "jeitinho brasileiro" e "levar vantagem em tudo" e a passividade excessiva do povo não podem ser considerados como uma cultura, e sim a falta dela.

A grande maioria diz que o Brasil é o país da corrupção, mas para mim, antes disso, é o país da hipocrisia!

O brasileiro reclama da corrupção, mas é o primeiro a se corromper. O famoso "levar vantagem em tudo" faz parte do dia a dia brasileiro. O brasileiro "molha" a mão do policial para se livrar de uma multa merecida, arranja notas frias para sonegar imposto, suborno funcionários públicos para agilizarem seus processos, etc.
O brasileiro reclama do sistema de saúde, mas em qualquer campanha que surge, embolsa medicamentos do governo, além de denegrir o pouco patrimônio que existe.
O brasileiro reclama da falta de emprego, mas não quer trabalhar 40 horas por semana porque acha muito. Sem falar que adora um feriado prolongado. Faz corpo mole durante 8 horas para fazer hora extra e ganhar o seu extra.
O brasileiro reclama da falta de educação, mas joga lixo na rua, atravessa fora da faixa, não respeita fila, faz rolezinho e adora quebrar tudo por qualquer motivo.
O brasileiro reclama da falta de transporte público, mas põe fogo nos ônibus diariamente.
O brasileiro reclama da falta de segurança e da polícia, mas embolsa um troco de 10 centavos que o caixa se enganou, não devolve objetos encontrados, não respeita pedestres, compra ingresso de cambista, etc.
O brasileiro reclama dos preços das coisas, mas compra assim mesmo. Reclama que o carro no Brasil é o mais caro do mundo, mas adora fazer uma dívida para comprá-los.
O brasileiro reclama dos políticos, mas não tem coragem de se tornar um para resolver os problemas.
O brasileiro reclama, reclama, reclama e só reclama, mas não faz nada! 

Recentemente, o brasileiro pegou gosto por manifestações. Qualquer coisa é motivo de manifestação. 
Começou com uma desculpa de 20 centavos na tarifa do ônibus e agora diariamente existem várias manifestações diária por alguma coisa que ninguém sabe direito porque.
As manifestações já perderam a credibilidade. Há forte indício que as manifestações são todas jogadas políticas. Brigas de bastidores entre partidos e facções criminosas. Quantos que você conhece que foi para as ruas se manifestar por alguma coisa? Eu particularmente não conheço ninguém.
Ainda assim, todos sabemos que essas manifestações não resultarão em nada. Os alvos das manifestações estão em suas fortalezas, em seus tronos e não sofrem nenhum impacto com isso. O único que sofre é o próprio povo.
Interdições de ruas, greves nos transportes públicos e quebra-quebra de patrimônio público só dão dor de cabeça aos trabalhadores. Os poderosos dão risadas em suas mansões.

Querem mais prova de hipocrisia? Ouçam o último discurso da Dilma!

O resultado disso tudo é que hoje vivemos num país onde a única certeza que temos é o da corrupção e hipocrisia. Não confiamos em mais nada. Não sabemos se as urnas são manipuladas, se as manifestações são manipuladas, se a mídia é manipulada, etc, etc e tal. Não sabemos nem se a copa do mundo é comprada...

A tendência é só piorar. O tempo vai passando e os desvios de dinheiro e a ineficência dos governos só aumentarão. Estamos cada vez mais presos nessa malha e é impossível acabar com ela.
Ou voce se conforma, ignora tudo e continua tocando a vida ou se revolta e deixa o país, pois ter esperança de que algum dia isso aqui vai mudar é pura utopia. A parte triste disso tudo é que este Brasil tem quase todos os recursos necessários para ser uma grande potência mundial, só nos falta gente decente.

Hoje tenho a certeza de que sempre será assim neste país chamado Brasil.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Má educação ou sobrevivência?


Ao ver esse post no Facebook, percebi o quanto ele se encaixa perfeitamente nesse meu blog. Polêmico demais!

Primeiramente eu gostaria de deixar claro que concordo que essa é uma atitude má-educada e de total desrespeito ao próximo. Agora, confesso que eu pratico essa atitude diariamente!

Infelizmente, esse país é composto por um povinho medíocre, que na minha humilde opinião não tem conserto, pois para consertar é preciso educar e não existe a menor vontade política de educar o povo. Porque educando o povo, a cambada de cafajestes que está no poder não se elege mais.

Tenho carta de motorista desde 1996 e por 14 anos respeitei a fila e me indignei ao presenciar esse tipo de atitude várias vezes por dia. Ficava indignado e nervoso. Acelerava o carro para impedir que o folgado entrasse na minha frente, mas ele acabava conseguindo entrar de qualquer jeito, sendo na frente do carro à frente ou na frente de quem viesse atrás.

Então, percebi que a minha simples atitude de respeitar a fila não iria nunca dar educação ao praticantes desse ato. Acordei no dia em que presenciei meu pai nervoso e indignado ao presenciar esse tipo de atitude. Quando ele disse: "Será que isso nunca irá mudar?" percebi que ele passou a vida inteira (mais de 50 anos dirigindo) respeitando a fila e foi por causa do exemplo dele que passei 14 anos respeitando a fila também.

Percebi ainda que não há punição para essa atitude, como quase tudo nesse país. Percebi que praticando esta atitude, passo 20 minutos a menos preso no trânsito (com base na marginal tietê em São Paulo nos horários de pico). Levando em consideração que para mim um ano tem 242 dias úteis, então os meus 14 anos respeitando a fila me fizeram perder 47 dias da minha vida. Foram 47 dias indignado e nervoso dentro de um carro.

Portanto, se eu praticar essa atitude por mais 36 anos, serão 121 dias a menos dentro de um carro. Serão 174.240 minutos a menos de nervosismo e indignação que só prejudicariam a minha saúde. 

Então decidi que não irei passar mais 36 anos nessa agonia. Há 4 anos tornei-me um adepto dessa prática repugnante. Não confunda essa prática com trafegar no acostamento, pois é bem diferente. Eu não trafego no acostamento simplesmente por questões de segurança e multa, apesar de ainda sofrer com nervosismo e indignação ao ver o pessoal trafegando sem punição. Pelas mesmas razões também não corto o trânsito pela contra-mão. No dia-a-dia do trânsito na cidade, principalmente na marginal do tietê que possui trechos com até 11 faixas de rolamento, eu corto uma fila de 15, 20 até 30 carros e tento entrar. Nos piores dias, no máximo 4 carros não me deixam entrar, mas nesse pior cenário ainda consigo cortar 11, 16 ou até 26 carros.

Infelizmente, não há como punir isso. Para evitar que isso aconteça precisaríamos que o Brasil fosse um país de gente civilizada, o que não é e NUNCA será. Outra solução seria TODOS acelerarem o carro e não deixarem o folgado entrar, o que é impossível, pois teríamos que andar colados um nos outros.

Eu tenho ciência de que esse tipo de atitude é o principal causador do trânsito, porque reduz drasticamente o fluxo nas vias, devido a redução de velocidade em cascata causada pela entrada de um folgado na fila. Mas, mais uma vez, passei 14 anos respeitando a fila e pela atitude do meu pai, sei que há mais de 50 anos isso acontece. Tenho a certeza que isso não irá mudar. Não melhorou em 50 anos, na verdade só piorou. Posso estar errado e gostaria muito de estar errado, mas sei que isso é utopia pura.

Muitos se revoltarão ao ler isso, pois ainda acreditam que o Brasil vai mudar algum dia. Muitos vão vir com aquela frase de que temos que dar o exemplo fazendo o que é certo. Infelizmente, nesse assunto específico, 14 anos dando o exemplo não serviu de nada. Daqui 10, 15 ou 20 anos, vocês perceberão que o tempo passou e nada mudou, assim como eu demorei 14 anos para perceber.

Não me entendam mal! Se ao ler esse texto você chegou a conclusão que estou incentivando essa prática, você entendeu errado. Não incentivo de jeito nenhum. Esse texto foi mais uma questão polêmica. Será que essa prática é uma questão de má educação ou de sobrevivência?




sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Drogas x Livros



E as coisas seguem piorando. Eu realmente estou cada vez mais pessimista quanto ao futuro desse país. Os valores estão cada vez mais invertidos!



Muitos batalham, estudam, dedicam-se muito para conseguir um emprego e sofrem demais para alcançar uma meta digna. Neste tipo de jornada, o agente chamado governo só atrapalha, seja cobrando impostos, seja criando burocracias que só atrasam o processo ou ainda pecando quanto a devida atenção na infra-estrutura necessária para auxiliar no processo, como educação e transporte coletivo descentes.



Agora a prefeitura de SP resolveu criar emprego para os usuários de craque. O próximo passo talvez será a criação de cotas para viciados. Sei que muitos tornaram-se viciados por desespero ou por simplesmente serem cabeças fracas, mas acredito que a grande maioria chegou a esse ponto por falta de valores corretos, ou seja, cresceram em um ambiente podre e foram "educados", ou melhor, foram doutrinados a seguir essa vida de vício.



O correto, mais uma vez, seria atuar na raiz do problema. Seria investir na educação para que aquela criança adquirisse bons valores, seria prover um ambiente digno para o crescimento da criança para que se tornasse um adulto digno, mas sabemos que isso é uma utopia. Sabemos que isso é muito difícil de fazer e que esse tipo de investimento não gera votos.



E assim o tempo vai passando. Hoje, se você está procurando um emprego e não consegue achá-lo, existe uma solução rápida: comece a usar craque! Se você está afundado em dívidas e não consegue colocar o pão na mesa de sua família, também existe uma solução rápida: cometa um crime e seja preso, que sua família irá receber bolsa presídio! 



É assim o sistema brasileiro. Deixar o povão na miséria, deixar o povão se afundar em desgraça e depois aparecer com uma bolsa qualquer coisa, uma copa do mundo e uma nova edição do BBB para os deixar completamente satisfeitos. Esse povão é o que elege e sempre será.



E assim o tempo vai passando.