terça-feira, 24 de março de 2009

O ato de jogar Lixo na rua.


Mais um dia que presencio o ato de jogar lixo na rua. Por que será que o povo brasileiro tem esse costume?

Quando estou em meu carro andando pela cidade e resolvo chupar uma bala, jogo o papel da bala no lixinho que mantenho no carro. Quando estou em um carro que não tem lixinho, guardo o papel da bala até encontrar um lixo para jogá-lo.

Em nenhum momento passa pela minha cabeça jogar esse papel na rua. Infelizmente, muitas pessoas são exatamente o oposto. Em nenhum momento passa pela cabeça delas não jogar o papel na rua.

Já vi de tudo. Em uma ocasião, vi um passageiro aceitar aquelas propagandas que são entregues nos semáforos. Ele passou os olhos por elas, as juntou e as jogou pela janela no meio da rua. Outro dia, vi uma mulher comendo uma coxinha dentro do carro. Ela deu duas mordidas na coxinha, fez uma cara feia e a jogou pela janela do carro com papel e tudo. Em outra ocasião vi um motorista comprando uma garrafinha de água no semáforo. Ele bebeu a água em um gole só e não teve dúvidas. Jogou a garrafa pela janela.

O que mais me impressiona nesta cenas que presenciei é o fato dessas pessoas não pensarem duas vezes. Elas simplesmente jogam o lixo na rua, por puro costume. Elas não se lembram que as inundações também são causadas por excesso de lixo nas ruas. Nessas horas elas preferem atribuir toda a culpa ao governo. Não estou dizendo que o governo não tem culpa. Estou dizendo que o povo também tem culpa.

Essa prática é um problema de educação? Com certeza sim! É só prestarmos atenção nas escolas públicas do país. Quando passamos na frente delas vemos muito lixo na rua da própria escola. Durante a infância, as criaturas que jogam lixo na rua não foram ensinadas e nem corrigidas e cresceram praticando esse ato. Agora elas já são adultas. Então, como acabar com essa prática?

Quando aprendemos a dirigir, ficamos apavorados com a quantidade de coisa que temos que lembrar: acelerar, brecar, trocar de marcha, sinalizar conversões, olhar nos espelhos retrovisores, soltar o freio de mão, buzinar, ligar o limpador quando estiver chovendo, etc. Depois de um certo tempo, fazemos isso automaticamente sem pensar. É quando dizemos que o nosso cérebro está condicionado àquela tarefa. Acredito que as pessoas que jogam lixo na rua estão com o cérebro condicionado a isso. Elas já jogaram tantas vezes lixo na rua que já virou costume.

Aqueles que já estão condicionados em dirigir um carro e tiveram a oportunidade de dirigir um outro tipo de veículo (carro automático, kombi, moto) notaram que tiveram que "aprender" novamente. O simples fato de um carro não possuir o pedal da embreagem quebra totalmente o condicionamento adquirido. Temos então que achar uma maneira de fazer com que as pessoas que jogam lixo na rua "aprendam" novamente.

Hoje pela manhã, parado no trânsito, vi um senhor, motorista de um carro que estava mais a frente, jogar um papel na rua. E não era qualquer rua não. Era uma avenida às margens de um rio que sempre enche. Ao lado direito desse motorista estava o rio exalando aquele cheiro de enchente, ao lado esquerdo dele ainda dava para ver o sinais da última enchente ocorrida semana passada. Mesmo assim ele não pensou duas vezes e jogou o papel na rua. A vontade que me deu foi de sair do carro, pegar aquele papel do chão e jogar na cara dele. Aí pensei: e se ele estivesse armado? Violência ajudaria a educá-lo ou só causaria revolta? Desisti na hora.

Agora, escrevendo neste blog, tive uma idéia: e se eu saísse do meu carro, pegasse o papel do chão, entregasse ao indivíduo e dissesse calmamente os transtornos que aquele ato iria causar a ele e a toda popoulação? Será que isso quebraria o condicionamento? Talvez naquele momento não, mas em uma segunda vez que ele cometesse aquele ato e uma outra pessoa fizesse o mesmo...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Velhinhos da FIFA



Hoje vou comentar sobre futebol. Um esporte que, como muitos brasileiros, gosto muito.

Gostaria de ver novas regras no futebol. Regras essas que deixariam o jogo mais dinâmico, mais gostoso de assistir, regras que evitassem o placar 0x0, regras que punissem a violência e a cera, enfim, regras que deixassem o esporte mais moderno. Fiquei sabendo que os velhinhos da FIFA (a famosa International Board) se reuniram para votar novas regras. Por um momento tive a esperança de que finalmente os velhinhos iriam mudar alguma coisa no futebol. Pura ilusão!

1-) Substituições: Atualmente cada time é limitado a fazer três substituições por jogo. Aí eu pergunto: Por que? Que regra estúpida!! O Futebol poderia ser igual ao futsal, onde o técnico poderia substituir várias vezes, inclusive retornar a campo um jogador que tivesse saído. Qual o problema disso? Não consigo entender. Também poderia ser igual ao Futsal onde o jogo não é interrompido para se realizar uma substituição. Já não existe o quarto árbitro que fica fora do campo? Então! Põe o homem para trabalhar! Ele que controle as substituições. Se o jogo não parasse, queria ver qual técnico iria fazer aquela subsituição aos 45 minutos do segundo tempo.

Ah! Mas os velhinhos da FIFA irão votar uma mudança na regra referente a substituições. Querem aumentar de 3 para 4 substituições por jogo, onde a quarta substituição seria permitida somente nos jogos que fossem para a prorrogação. Palhaçada!! Que perda de tempo!!!

2-) Tempo de jogo: Se tem uma coisa que me irrita no futebol é a cera. Aquele goleiro argentino que demora 5 minutos para cobrar um tiro de meta. O juiz demora uns 3 minutos para perder a paciência. Então ele corre até onde está o goleiro e dá-lhe uma bronca. O goleiro fala algumas palavras e dá mais uma enrolada. Então o juiz corre até ele novamente e dá-lhe um cartão amarelo. Pronto! A partir daí o goleiro pode fazer quanta cera ele quiser, pois nunca vi um goleiro ser expulso por cera. Qual a dificuldade de mudar a regra para que cada tempo de jogo tenha 30 minutos com parada de cronômetro ao invés de 45 minutos corridos??

Atualmente os árbitros cronometram o tempo de bola parada durante o jogo e, após os 45 minutos, indicam um tempo de acréscimo para compensar tal parada. O pior que o objetivo é sempre o mesmo: Que o jogo tenha pelo menos 30 minutos de bola rolando. Palhaçada!! Isto é literalmente uma perda de tempo!!!

3-) Intervalo de jogo: Atualmente o intervalo entre o primeiro e o segundo tempo é de 15 minutos. Os clubes andam reclamando que muitos não respeitam este intervalo e acabam voltando a campo após 20/25 minutos. Alguns técnicos gostariam que o intervalo tivesse apenas 10 minutos e que fosse instituído o tempo técnico, onde cada clube teria direito a parar o jogo pedindo o famoso "tempo". Afinal, dos esportes coletivos, o futebol é o único que não tem pedido de tempo.

Os velhinhos irão votar se o intervalo deve aumentar de 15 para 20 minutos ou se deve permanecer como está. Palhaçada!! Perda de tempo!!

Eles também vão votar se o técnico pode permanecer ao lado da campo instruindo os seus jogadores ou se devem ficar no banco, sair para dar instrução e retornar ao banco. Palhaçada de novo! Perda de tempo!

Os caras demoram anos para se reunir e, quando o fazem, é para votar mudanças estúpidas!

4-)Limites de falta: Por que não instituir um limite de falta individual e coletiva, assim como é no futebol e no basquete? Aquele jogador que fizer por exemplo mais de 5 faltas no jogo deve ser substituído. Hoje existem jogadores que passam o jogo inteiro fazendo faltas, parando o jogo, e não são punidos. Temos aquele jogo em que um time joga na retranca fazendo muitas faltas visando sair de campo com um empate de 0x0. Após uma certa quantidade de falta coletiva, um time poderia, por exemplo, ter uma cobrança de tiro livre direto, assim como é no futsal e no basquete. E para que barreira? Se a FIFA não quer legalizar o spray que usamos no Brasil para garantir a distância da barreira, então ela que acabe com a formação da barreira. Afinal, se o time cometeu uma falta por que beneficiá-lo com a formação de barreira?

5-) Fim do impedimento: Uma regra que até hoje é polêmica é a do impedimento. Sempre gera discussão. Os bandeirinhas erram e sempre errarão a marcação do impedimento. Muitos lances precisam do chamado tira-teima da TV para se ter certeza da legalidade da jogada. E querem que os pobres bandeiras acertem a marcação? Por que não abolir essa regra que só serve para impedir gols? Se o cara quiser ficar na banheira, que fique. O outro time que coloque um zagueiro para cuidar dele. Hoje já acontece isso. Agora só porque o cara estava a um palmo na frente o lance tem que ser invalidado. Que besteira! E aqueles contra-ataques rápidos que o time vai tocando a bola de pé em pé e, no último passe, o bandeirinha marca impedimento, pois o zagueiro molenga ficou para trás na jogada?

Analisando as regras atuais do futebol, parece-me que elas foram criadas para evitar a marcação de gols. O que não entendo é por que não mudar isso. Há uns anos atrás, aqui no Brasil, existia no começo do ano um tal de torneio início. Muitas dessas mudanças eram testadas e, na minha opinião, deixavam o futebol bem mais legal. Mas, até isso acabou. Parece que estamos condenados a passar a vida inteira sem ver mudanças consideráveis nas regras. Afinal, eu prefiro assitir um jogo que termine 8x7 a um que termine 1x0.